quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Ano Novo japonês

Com a chegada do ano novo, nada mais coerente de falar como os japoneses passam o ano novo. Como será que é comemorado o ano novo no Japão? Falarei alguns costumes, não será possível abranger todos porque são muitos e se fosse falar todos o post tornar-se-ia muito extenso e até mesmo cansativo.

Por ser tratar de um país cristão, em Portugal costuma dar-se mais importância a Festa do Natal do que a do Ano Novo. O mesmo não se passa no Japão que é um país predominantemente budista. No país do sol nascente cada vez mais incentiva-se a comemoração do natal como uma festa de troca de prendas.
Para os nipónicos, o ano novo é muito importante. As preparações para esta celebração começa no mês de Dezembro, que no calendário lunar japonês é chamado de "shiwasu". O último dia do ano é chamado de "ômisoka". A passagem de ano é festejada com práticas tradicionais que se prolongam por três dias.
Muitos japoneses vão para as praias nesta época, não para tomar banho, mas sim para assistir a concertos ou danças tradicionais encerrando com queimas de fogo. As familias reúnem-se e celebram com hábitos e jogos típicos, mesmo os jovens ainda mantêm as brincadeiras, decorações e as "manias" para trazer sorte ao ano que chega!


Templo no 1º dia do ano

A preparação costuma começar por volta do dia 13 de Dezembro. As mulheres japonesas fazem uma limpeza a casa chamada de "oosouji" que é como se estivessem a fazer uma purificação à casa, limpando o ambiente para as festividades, afastando o azar. Esta limpeza não se limita as habitações, estende-se às empresas, onde os funcionários são convocados para uma limpeza geral na sua àrea de trabalho. Até nos templos a limpeza é obrigatória, ficando os monges encarregues desse trabalho. Esta limpeza costuma repetir-se no segundo dia do ano.

Na véspera, em todo o Japão é possivel ouvir as 108 badaladas dos sinos dos templos para receber a chegada do novo ano. Esta cerimónia é conhecida como "joya no kane", que relembra aos japoneses os 108 pecados existentes no homem. É também um momento em busca da purificação e de saudar o ano novo que chega.



Para as refeições do ano novo, as donas de casa preparam comida suficiente para três dias, pois nos três dias de ano novo, conforme a tradição, não se pode trabalhar. Cada um dos alimentos para esta ocasião simboliza sorte ou saúde.
O prato do primeiro dia do ano, na madrugada do dia 1, é o Ozooni, uma espécie de sopa à base de mochi. Diz-se que o Ozooni guarda o espírito do arroz, abençoado pelos deuses.
O almoço di primeiro dia do ano é Osenchi-ryouri, um banquete especial que inclui pratos preparados anteriormente, disposto em caixas de madeira. Actualmente os japoneses optam por comprar esta refeição em vez que a confeccionar.


Ozooni

Depois da meia-noite do dia 1 de Janeiro, os japoneses vão aos templos e fazem as suas oracções para a saúde e felicidade no novo ano. Compram novos omamori (amuletos) e deixam os antigos para serem queimados. Esta primeira visita ao templo é chamada de hatsumoude, que ocorre ns três primeiros dias do ano. Muitos japoneses levanta-se bem cedo, ao ponto de ver o nascer do sol do primeiro dia. Na religião xintoista o sol é o deus mais importante do Universo. Foi a partir desta crença que nasceu a tradição de ver o primeiro nascer do sol.


Amuletos

O ano-novo também é época de agradecimento. O costume dita que as pessoas dêem presentes a conhecidos, professores, superiores no trabalho ou parentes. Nesta época as lojas ficam a abarrotar de opções, que em na sua maioria são bebidas ou alimentos.
As crianças recebem dos seus pais e parentes presentes em dinheiro (otoshidama), que vêm dentro de envelopes que substitui os presentes. A quantia costuma variar com a idade da criança. Ao receberem costumam rasgar rapidamente os envelopes (chamados de pochibukuro) e respondem prontamente à pergunta “quanto ganhaste?”


Pochibukuro

Algumas frases usadas em cartões e também ditas nesta época do ano:

Akemashite omedetou gozaimasu - Parabéns pela abertura do ano

Kiga shinnen - Feliz ano novo (só na escrita)

Geishun - Uma expressão que dá as boas vindas ao Ano Novo.

Ii otoshi wo omukae kudasai - Boa passagem de ano.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Ikebana

Ikebana (em japonês: 生け花, "flores vivas") é a arte japonesa de arranjos florais, também conhecida como Kado (em japonês: 華道, a via das flores). De todas as artes tradicionais japonesas, talvez a mais conhecida e intensamente praticada nos dias de hoje seja a ikebana.

Ikebana é uma arte floral que teve origem na Índia onde os arranjos eram destinados ao Buda, e personalizada na cultura nipônica, pela qual é mais conhecida. Em contraste com a forma decorativa de arranjos florais que prevalece nos países ocidentais, o arranjo floral japonês cria uma harmonia de construção linear, ritmo e cor. Enquanto que os ocidentais tendem a pôr ênfase na quantidade e colorido das cores, dedicando a maior parte da sua atenção à beleza das cores, os japoneses enfatizam os aspectos lineares do arranjo. A arte foi desenvolvida de modo a incluir o vaso, caules, folhas e ramos, além das flores.
A estrutura de um arranjo floral japonês está baseada em três pontos principais que simbolizam o céu, a terra e a humanidade, embora outras estruturas sejam adaptadas em função do estilo e da Escola.


Mesmo com uma origem que remonta a centenas de anos passados, ela mantém-se como elemento essencial no universo artístico contemporâneo. Transcendeu o seu espaço no tradicional altar da casa japonesa (tokonoma), para ingressar no dia-a-dia do mundo moderno. De maneira similar, a ikebana já não é uma arte de domínio exclusivo de artistas ou ornamentadores japoneses, pois, entre os seus entusiastas, estão criadores de arranjos profissionais e amadores de todas as nações e áreas de atividade. Esta nova dimensão acrescentada ao uso e significado da ikebana, não alterou de modo algum os conceitos básicos de estrutura, espaço e naturalismo desenvolvidos e aperfeiçoados através dos séculos.

A palavra ikebana é geralmente traduzida como "a arte japonesa de arranjo floral", mas os materiais de ikebana podem incluir galhos novos, folhas, frutos, relva, bagas, sementes e flores, bem como plantas murchas e secas. De fato, pode ser usada qualquer substância natural e, na ikebana contemporânea, também se usa vidro, metal e plástico. Sendo uma das artes tradicionais do Japão, a ikebana desenvolveu uma linguagem simbólica e conceitos decorativos com o uso de flores e ramos efêmeros torna a dimensão de tempo uma parte integral da criação. A relação entre os materiais; o estilo do arranjo; o tamanho, forma, volume, textura e cor do recipiente; e o lugar e ocasião da exposição são todos fatores vitais e importantes. Com a sua história de 500 anos, tem havido uma grande variedade de formas, desde modestas peças para decoração caseira, até trabalhos esculturais inovadores que podem ocupar todo um salão de exposição.

A par da enorme variedade da obra contemporânea, as formas tradicionais continuam a ser estudadas e criadas. Além disso, a prática de ikebana, tem sido procurado como forma de meditação na passagem das estações, do tempo e da mudança. As suas origens religiosas e forte ligação com o ciclo natural do nascimento, crescimento, decadência e renascimento conferem à ikebana uma profunda ressonância espiritual.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Castelo de Himeji

Uma das mais antigas estruturas ainda existentes do Período Sengoku, é considerado como um Tesouro Nacional do Japão, tendo sido classificado como Património Mundial da Humanidade pela UNESCO, em Dezembro de 1993.

O Himeji-jo (em japonês: 姫路城), também conhecido em português como Castelo de Himeji, e ainda como Hakurojō ou Shirasagijō devido ao seu brilhante exterior branco, é um complexo palaciano com 82 edifícios de madeira, localizado na cidade de Himeji, província de Hyogo, no Japão.


O castelo foi concebido e construído durante a era Nanboku-cho do Período Muromachi. Nessa época, era chamado de Himeyama-jo (Castelo Himeyama). Em 1331, Akamatsu Sadanori, então governador da região, planeou um castelo na base do Monte Himeji. Depois da queda de Akamatsu, durante a Guerra de Kakitsu, o Clã Yamana tomou conta, por um curto periodo, dos planos do castelo; a família Akamatsu regressou depois da Guerra de Ōnin.

Em 1580, foi Toyotomi Hideyoshi que tomou controle do mal tratado castelo, e Kuroda Yoshitaka construiu uma torre com três andares. Depois da Batalha de Sekigahara, em 1601, Tokugawa Ieyasu concedeu o castelo de Himeji a Ikeda Terumasa, o qual empreendeu um projecto de expansão que duraria nove anos, o qual trouxe ao castelo a sua forma actual. Esteve na posse dos descendentes Tadasumi até à Restauração Meiji.
Em 1871, o castelo foi vendido em leilão por um valor de 23 yenes (actualmente 153 dólares). No entanto, o custo de desmantelar o castelo era irrisório, e como resultado o complexo foi abandonado.

O Décimo Regimento de Infantaria ocupou o castelo em 1874 e o Ministério da Guerra tomou controle deste em 1879. A torre principal foi restaurada em 1910, com o custo de 90.000 yenes retirados dos fundos públicos.
A cidade de Himeji foi bombardeada em 1945, no final da Segunda Guerra Mundial. Apesar de a maior parte da área circundante ter sido completamente incendiada, o castelo sobreviveu sem sofrer danos, à excepção de alguns impactos das explosões nas redondezas.
Os esforços para restaurar o castelo começaram em 1956, e durante o processo foram usados, apenas, equipamentos e métodos tradicionais, tendo o restauro ficado concluído em 1964.


Himeji-jo serve como um excelente exemplo do protótipo de Castelo Japonês, contendo muitas das características de defesa e de arquitectura militar mais associadas com estes castelos. As altas fundações em aparelho de pedra, as paredes brancas e a organização interna dos edifícios no complexo são elementos padrão de qualquer castelo deste país, e o monumento também exibe muitos outros exemplos do típico desenho japonês, incluindo posicionamento de armas e buracos para largar pedras.

Um dos elementos defensivos mais importantes do Himeji-jo, e talvez o mais famoso, é o confuso labirinto de caminhos que conduzem à fortaleza principal. Os portões, muralhas exteriores e outras paredes do complexo estão organizados por forma a confundir as forças invasoras e permitir um ataque mais rápido e eficiente.
A espiral em volta do castelo, com muitos caminhos sem saída, permitia que os atacantes fossem observados e atacados a partir da fortaleza durante todo o seu caminho de aproximação. de qualquer forma, o Himeji-jo nunca foi atacado desta forma, e assim sistema nunca foi testado.

Actualmente existem 2 dias dedicados ao Castelo de Himeji:

  • Festival Kanokai (primeiro Domingo de Abril), no qual se celebra o hanami, ou contemplação das cerejeiras em flôr;
  • Festa do Himeji-jo (início de Agosto), na qual todo o público pode visitar o castelo, tanto o exterior como o interior

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Death Note

Hoje para fazer um post diferente vamos falar de um dos animes mais bem sucedidos de sempre. Este post é também dedicado a uma pessoa muito, muito especial, ao meu melhor amigo!!
Bruno Ferraz 31 :D

Death Note (em japonês: デスノート, Desu Noto) é um mangá escrito por Tsugumi Ohba e ilustrado por Takeshi Obata. Foi publicada pela revista semanal Shonen Jump, de janeiro de 2004 a maio de 2006, totalizando 108 capítulos compilados em 12 volumes.


A história tem início quando Yagami Raito, um jovem sobredotado de 17, encontra um misterioso caderno no chão: o Death Note, que é capaz de tirar a vida a todos aqueles que tiverem o seu nome escrito nas páginas. Inicialmente, Raito pensa que o caderno não passa de uma brincadeira de mau gosto, porém resolve testá-lo e acaba por comprovar a sua autenticidade.
Raito, que acredita que a sociedade em que vive está corrompida e repleta de indivíduos que não contribuem para a harmonia do planeta, decide então dar início a um plano utópico de tornar-se o "deus do novo mundo" eliminando todos aqueles que acha que não merecem viver.
Mas, a ocorrência de mortes inexplicáveis chama a atenção de L, o maior detetive do mundo, famoso por nunca ter deixado um caso sem solução. Dá-se início a uma perseguição de gato e rato entre os dois, onde o menor erro ou deslize pode custar as suas vidas. Raito passa a querer descobrir a identidade de L para poder matá-lo, e L deseja descobrir a identidade de Kira (o nome que a população chama ao misterioso assassino, é adaptado do inglês, killer) para poder impedir sua matança.

A série foi adaptada em três longa-metragens live-action pela Warner Bros japonesa, e contava a primeira saga do mangá. O primeiro filme foi lançado em 17 de Junho e o segundo em 3 de novembro de 2006 no Japão. Existe um terceiro filme que se chama L Changes the World, que foca a história da personagem L.
A partir do dia 3 de outubro de 2006 até a 26 de junho de 2007, foi para o ar no canal Nippon TV, a série de anime baseada no mangá, animada pelo estúdio Madhouse.

Personagens:

Yagami Raito



É o protagonista de Death Note. Raito é um dos melhores alunos do Japão, confiante e esforçado. É motivo de orgulho dos seus pais, irmã colegas.

Ryuuku


Um shinigami que deixa cair o seu Death Note no mundo humano para observar o que aconteceria. Ryuuku recusa-se a ajudar Raito e gosta de assistir à sua luta para alcançar a sua meta.

L


O genial detetive que persegue Kira. L é tido como o melhor detetive do mundo. Incialmente já suspeita de Raito, e decide ser seu colega na universidade com o psudônimo Hideki Ryuga para o investigar.

Amane Misa



Tem uma enorme paixão por Raito. Misa é uma famosa modelo, actriz e cantora e usa roupas do estilo Gothic Lolita. Ela refere-se a si mesma na terceira pessoa e é hiperativa. Ela possuí outro Death Note e proclama-se o segundo Kira para chamar a atenção de Raito.

Regras Principais do Death Note
  • O Humano cujo nome for escrito neste caderno morrerá
  • Este caderno não surtirá efeito a menos que o escritor tenha em mente a face da vítima ao escrever o seu nome. Assim, pessoas que possuam o mesmo nome não serão afetadas.
  • Se a causa da morte for especificada dentro de 40 segundos depois de escrito o nome da vítima, essa será a causa morte.
  • Não sendo especificada a causa mortal, a vítima morrerá por um ataque cardíaco.
  • Depois de escrita a causa morte, detalhes da mesma devem ser escritos nos 6 minutos e 40 segundos seguintes.


sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Origami

Origami (do japonês: 折り紙, de oru, "dobrar", e kami, "papel") é a arte tradicional japonesa de dobrar o papel, criando representações de determinados seres ou objetos com as dobras geométricas, sem cortar ou colar o papel.


Conforme se foram desenvolvendo os métodos mais simples de criar papel, o papel foi tornando-se mais barato, e o Origami, cada vez mais uma arte popular. Ainda assim as pessoas com menos posses esforçavam-se em não desperdiçar papel; guardavam sempre todas as pequenos restos de papel, e usavam nos seus modelos de origami.
Durante séculos não existiram instruções para criar os modelos origami, porque eram transmitidas verbalmente de geração em geração.

Esta forma de arte viria a tornar-se parte da herança cultural dos japoneses. Em 1797 foi publicado o livro "Hiden Senbazuru Orikata" que continha o primeiro conjunto de instruções origami para dobrar um pássaro sagrado da India. O Origami tornou-se assim ainda mais popular. Existe uma impressão deste livro em madeira de 1819, intitulada "Um mágico transforma folhas em pássaros", que mostra pássaros a serem criados a partir de folhas de papel. Em 1845 foi publicado outro livro: "Kan no mado" que incluía uma colecção de aproximadamente 150 modelos Origami. Este livro introduzia o modelo do sapo, muito conhecido hoje em dia. Com esta publicação, o Origami espalha-se como atividade recreativa no Japão.


O origami utiliza um pequeno número de dobras diferentes, que no entanto podem ser combinadas de diversas maneiras, para formar desenhos complexos. Geralmente parte-se de um pedaço de papel quadrado, cujas faces podem ser de cores ou estampas diferentes, prosseguindo-se sem cortar o papel. Esta arte é praticada desde o Perídodo Edo (1603-1897)

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Aya Hirano

Aya Hirano nasceu a 8 de outubro de 1987, na perfeitura de Aichi, Japão.
Tal como Nana Mizuki, Aya é também uma seiyuu (dá voz a personagens) e cantora pop. Já deu voz a vários personagens de anime, visual novels e anuncios.


Aya nasceu no Japão, contudo viveu algum dos seus anos nos Estados Unidos da América. Em 1998 juntou-se Tokyo Child Theatrical Group da empresa Space Craft Group. Foi a partir daqui que começou a aparecer em anuncios e pouco depois teve o seu primeiro trabalho como dobradora no anime Tenshi no Shippo. Também fez parte de uma girlsband chamada "SpringS" mas não por muito tempo, apenas de 2002 a 2003.


Após terminar o secundário, começou a seguir mais sériamente a sua porfissão como seiyuu e cantora a solo. Passou a ser conhecida a partir de 2006 quando interpretou a voz de Haruhi Suzumiya no anime The Melancholy of Haruhi Suzumiya. O sucesso deste anime fez aumentar a sua popularidade, fazendo com que o o seu CD Bōken Desho Desho (com a abertura do anime) esgota-se no dia do lançamento.A sua popularidade foi confirmada nos Seiyū Awards, onde ganhou o prémio de "Novidade do ano"(femenino) pela sua personagem de Haruhi e também de "melhor personagem principal"(femenino). Em 2007 ganhou o prémio de "melhor voz" nos Tokyo International Anime Fair.
A sua frase favorita é: "A existência refelte-se no eu", e o seu filme favorito da Disney é a Bela Adormecida.


Singles:

"Breakthrough" (8 de Março, 2006)
"Bōken Desho Desho" (26 de Abril, 2006)
"Ashita no Prism" (6 de Setembro, 2006)
"LOVE★GUN" (10 de Outubro, 2007)
"Neophilia" (7 de Novembro, 2007)
"MonStAR" (5 de Dezembro, 2007)
"Unnamed World" (23 de Abril, 2008)
"Namida Namida Namida" (8 de Outubro, 2008)
"Set me Free/Sing A Song!" (29 de Abril, 2009)
"Super Driver" (22 de Julho, 2009)


Algumas personagens a quem deu a voz:


Kiddy Grade - Lumière (2002)
Bakuten Shoot Beyblade G Revolution - MingMing (2003)
Death Note - Misa Amane (2006)
NANA - Reira Serizawa (2006)
School Rumble (2nd Season) - Yoko Sasakura (2006)
The Melancholy of Haruhi Suzumiya - Haruhi Suzumiya (2006)
Hello Kitty: Apple Forest and the Parallel Town - Emily (2007)
Kemeko Deluxe! - Nakamura (2008)
Dragon Ball Kai - Dende (2009)
Seikon no Qwaser - Katja (2010)



domingo, 15 de novembro de 2009

Nana Mizuki

Este post é dedicado a minha melhor amiga MaoStar :)
Hoje o post é diferente. Em vez de falar de algo sobre a cultura japonesa iremos falar de uma artista japonesa chamada Nana Mizuki. .

Nana Mizuki (水树奈々) nasceu a 21 de Janeiro de 1980 em Niihama, Ehime, Japão. É uma cantora popular japonesa, compositora e seyuu (termo japones para quem faz dobragens). Fez a sua estreia como seyuu em 1998, e laçou o seu primeiro single Omoi a 6 de Dezembro de 2000. Um ano depois, lança o seu álbum de estreia, Supersonic Girl em 5 de dezembro de 2001.
Nos anos que se seguiram, Mizuki tinha um modesto sucesso que culminou com o lançamento do seu single Innocent Starter, que pela primeira vez entrou para o top 10.

Desde então, os lançamentos das suas músicas estão sempre nos melhores lugares na lista das mais ouvidas, estabelecendo-a como uma das cantoras mais populares do país.A 3 de Junho de 2009, o seu album Ultimate Diamond atingiu o primeiro lugar do top, vendeu mais de 74.000 cópias na primeira semana, superando a popular banda de hip hop, álbum Black Eyed Peas, The END, por mais de 20.000 cópias no Japão. que confirmou o seu status como uma das maiores artistas no Japão.

Além da música, Nana, é também uma profissional de seiyuu com mais de 130 funções de voz m meios distintos (rádio, televisão, jogos, etc). Faz dobragem sobretudo séries de animação japonesa, conhecidos como anime. As personagens a que deu a sua voz foram personagens que inicialmente tinham uma voz timida ou suave que depois, com a interacção com outras personagens, ia abrindo gradualmente.


Discografia
  1. 2001: Supersonic Girl
  2. 2002: Magic Attraction
  3. 2003: Dream Skipper
  4. 2004: Alive & Kicking
  5. 2006: Hybrid Universe
  6. 2007: Great Activity
  7. 2009: Ultimate Diamond

Algumas personagens a quem deu a voz:

  • Love Hina como Nyamo Namo
  • Naruto como Hinata Hyuga
  • Fullmetal Alchemist como Wrath
  • Ragnarok The Animation como Yufa
  • Pokemon: Advanced Generation como Powarun
  • Yakitate!! Japan como Sophie Balzac Kirisak
  • Shugo Chara!! como Utau Hoshina
  • Rosario + Vampire Capu2 como Moka Akashiya
  • Pokémon: Destiny Deoxys como Audrey
  • Saint Seiya: The Lost Canvas como Pandora

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Karaoke

O termo karaoke (カラオケ) é uma composição das palavras “kara"(空) que significa vazio, e “oke”(オー) que significa orquestra. Assim, podemos dizer que significa "sem orquestra".
O termo foi inventado há 20 anos, mas já consta da última edição do The Oxford English Dictionary, tal foi a sua popularização.

Conta-se que o karaoke surgiu na cidade de Kobe, num bar que apresentava espetáculos ao vivo. Para solucionar o problema do guitarrista que se ausentara naquela noite, o proprietário da casa providenciou algumas fitas com músicas de acompanhamento, para que os vocalistas pudessem cantar. A idéia foi bem aceita, fazendo com que muitas casas noturnas passassem a oferecer o karaoke como uma opção de entretenimento.
O avanço da tecnologia permitiu a criação de equipamentos domésticos que permitiram que a moda propagasse por todo o arquipélago japonês.


No tempo das grandes orquestras, os japoneses sempre gostaram de cantar. Nas festas e nos encontros entre amigos, os mais desinibidos cantavam as suas músicas sem acompanhamento musical. Isto existia em eventos mais sofisticados, batizados de "nodojiman" (literalmente: orgulhar-se da garganta). Os campeonatos de "nodojiman", acompanhados de uma pequena orquestra eram realizados por todo o país.
A tradição foi introduzida pelos imigrantes japoneses, e os campeonatos foram realizados em larga escala nas décadas de 60 e 70.

Com o lançamento de produtos diferenciados, o karaoke tornou-se um importante segmento dentro da indústria do entretenimento. Video disc, videoke e outros estão cada vez mais presentes nas casas. No Japão, entretanto, com as casas muito próximas umas das outras, alguns vizinhos não gostavam do karaoke praticado do outro lado da parede. A solução foi a criação do karaoke box, estabelecimento com pequenas salas vedadas que são alugadas para pequenos grupos. O primeiro karaokê box apareceu em 1984 em Okayama. Estima-se que existem 10 mil karaoke boxes no Japão.


O Karaokê abrange pessoas de todos os estilos, classes sociais e idades, perfeito para relaxar com os amigos. Muitos bares de karaoke estão abertos 24horas. A pessoa escolhe uma sala com um grupo de amigos, e paga um preço estabelecido pelo local, por hora.
Os participantes são encaminhados à sala que escolheram. Esta sala está equipada com tudo que é necessário: microfones (normalmente dois por sala), TV, aparelho de vídeo/karaoke e alguns ainda possuem tamborins e maracas para os amigos acompanharem enquanto a pessoa canta.
As salas variam de tamanho e estilo. Os lugares mais baratos são espaços mais abertos e básicos em relação aos equipamentos.
A TV e os equipamentos de karaoke ficam de um lado da sala, os bancos ficam ao redor e a mesa no meio. Comidas e bebidas também estão disponíveis.
Em relação a música, existem desde os últimos lançamentos do Japão até uma grande lista de músicas britânicas e americanas e às vezes até músicas de outras regiões asiáticas, como Coreia e China.

sábado, 7 de novembro de 2009

Hello kitty

Com a comemoração do 35º aniversário do aparecimento da Hello Kitty decidimos criar um post dedicado a esta bonequinha tão conhecida e que quase todos gostam!

Ela nasceu em Londres, Inglaterra. Está no 3º ano escolar e mora com os seus pais e a sua irmã gêmea, Mimmy. Ela é uma gatinha branca, desenhada com linhas simples e arredondadas, é sucesso de vendas há três décadas. Estamos a falar da Hello Kitty. Namora com um gatinho branco (semelhante a ela) chamado Daniel.
Hello Kitty (em japonês ハローキティ) é uma personagem criada pela empresa japonesa Sanrio. Ela foi patenteada em 1976 e é hoje uma marca mundialmente conhecida.

A Hello Kitty foi criada originalmente pela designer da Sanrio, Ikuko Shimizu, em 1974. Mas Shimizu deixou a companhia aproximadamente um ano depois. A segunda designer, Setsuko Yonekubo, assumiu por cinco anos, até 1980, quando essa tarefa foi dada a Yuko Yamaguchi, que ainda está à frente do trabalho. O personagem apareceu originalmente em pequenos artigos para jovens raparigas, como bolsinhas para moedas.

Yuko Yamaguchi

A Hello Kitty recebeu um nome inglês porque as culturas norte-americana e britânica eram populares entre as raparigas japonesas na época da sua criação. O nome Kitty veio de um dos gatos que Alice criava no livro Alice no país do espelho (continuação do livro Alice no país das Maravilhas) de Lewis Carroll.
O universo ficcional da Hello Kitty foi crescendo. Desde 2004, ela possui a sua própria gata de estimação chamada Charmmy Kitty, e um hamster chamado Sugar.

A primeira série animada da Hello Kitty foi produzida em 1986 e chamava-se Hello Kitty's Furry Tale Theatre. Esta série, produzida pela Sanrio em cooperação com a extinta DiC Entertainment, gozava os famosos contos de fadas daquela época. Posteriormente a Hello Kitty ganharia diversas séries, sendo elas respectivamente Hello Kitty and Friends, Hello Kitty's Paradise e Hello Kitty's Animation Theatre. Em 2005 voltou a ganhar uma nova série, esta chamada de Hello Kitty's Stump Village. A primeira aparição de Hello Kitty no universo 3D foi em The Adventures of Hello Kitty & Friends.


Desde sua criação, a Hello Kitty ganhou uma série de jogos que ajudaram na popularização da marca. O primeiro jogo da série foi produzido para NES em 1992 e depois não parou mais. A série ganhou jogos para simplesmente todas as plataformas, incluindo o Dreamcast e a Xbox. Atualmente a Sanrio tem se focado em lançar jogos da Hello Kitty para a plataforma DS, do qual se acredita ser a plataforma ideal para a personagem. Apesar disso, a Sanrio Digital atualmente está a produzir o mmorpg gratuito Hello Kitty Online, do qual os jogadores podem conectar-se ao mundo de Hello Kitty e fazer amigos, explorar e jogar mini-games. O projeto encontra-se em fase de testes.

A Hello Kitty nasceu como pequenos artigos para raparigas e continua assim até hoje. A Sanrio lança todos os anos uma série de artigos da Hello Kitty, incluindo bolsas, cadernos, agendas, bijuterias, adesivos e muito mais.
A Hello Kitty também possui o seu próprio álbum de música, o Hello World, com canções inspiradas na Hello Kitty e interpretadas por artistas como Keke Palmer e Cori Yarckin. Também foi comercializado uma série de guitarras com a marca Hello Kitty pela Sanrio e Fender.
Um dos grandes motivos para o sucesso estrondoso da marca Hello Kitty foi o aparecimento dos seus acessórios em famosos na década de 90, como Mariah Carey.


Recentemente a Hello Kitty comemorou o seu 35º aniversário, mais precisamente no dia 7 de Outubro. Para comemorar esta data, a empresa Sanrio tornou a sua personagem numa joia. A Super Hello Kitty Jewel Doll tem estrutura feita de platina e todo o corpo adornado com pedras preciosas. No total, foram usadas 403 safiras rosa para fazer o vestido, 1.939 topázios brancos na cabeça e no corpo, um citrino amarelo no nariz e um diamante de 10 quilates na fita que completa seu look.

A pequena relíquia de pouco mais de 10 centímetros está exposta desde o início do mês de Outubro na Girlish Culture Hello Kitty, em Tóquio, no Japão. A bonequinha foi produzida pela Sanrio, pela Swarovski e pela joalheria I.K.

sábado, 31 de outubro de 2009

Konpeito

O konpeito – do português confeito – foi trazido ao Japão no século XVI pelos portugueses. Segundo relatos, o padre jesuíta Francisco Xavier, após converter o primeiro japonês, um samurai chamado Anjiro, partiu rumo ao Japão para pregar. Para obter a licença para a sua acção missionária, ele apresentou ao daimyo (senhor feudal) da época, Oda Nobunaga [織田信長], um frasco de konpeito.


Na época, este doce era restrito à nobreza, devido a sua beleza composta por esferas coloridas de 5 a 10 mm de diâmetro, envoltos por minúsculos “espinhos” de açúcar.

O processo do fabrico de konpeito era mantido em segredo pelos portugueses e a sua preferência em vendê-los para os japoneses como um doce raro, tornou-o cada vez mais valioso e cobiçado. Até que no período Edo o segredo foi descoberto pelos artesões de Nagasaki, Kyoto e Edo (atual Tóquio) e a iguaria difundiu-se por todo o país.

Actualmente, o konpeito ainda é um sucesso entre as crianças. Além da variedade de cores (laranja, roxo, verde, amarelo e branco), também é bastante utilizado como adoçante de chás e cafés.

Tradicionalmente aparecem como integrante da cerimônia do chá e nas prateleiras de Hina Matsuri [ひな祭り], o dia das meninas comemorado em 3 de Março.
O povo japonês diz que o konpeito, pela sua beleza e delicadeza, manifesta uma história de amor ou uma celebração da essência da simplicidade, assim como uma flor, um orvalho, ou ainda um pôr do sol.

sábado, 5 de setembro de 2009

Natal Japonês

O Natal no Japão é puramente comercial e juvenil. É uma altura para reafirmar a paixão entre casais na noite especial da véspera de Natal.

Japão teve o seu primeiro contacto com o Natal no séc. XVI, através dos missionários franciscanos e, durante muitos anos apenas os que se haviam convertido ao cristianismo é que o celebravam. Anos depois, devido a rivalidades politicas, o cristianismo foi banido do país, sendo apenas celebrado às escondidas pelos cristãos sobreviventes. Mais de duzentos anos se passaram quando, no período Meiji, o Cristianismo voltou às terras do sol nascente livre para apregoar os seus ensinamentos e tradições mas só ficou totalmente integrado na cultura japonesa após a Segunda Guerra Mundial, quando foi importada pelos soldados americanos.

Os japoneses são um povo tolerante no que se refere à religião, e esse é um dos motivos pelos quais o Natal é um acontecimento bem aceite na sua sociedade, apesar de apenas 1% da sua população ser cristã. Isto também se deve ao facto de existir uma longa tradição de troca de presentes entre o povo japonês. Apesar de associarmos o Natal ao nascimento de Jesus Cristo, ao bacalhau cozido e ao bolo-rei‚ o mesmo não acontece no Japão onde o Natal tem um significado diferente e a forma como o festejam varia de família para família.

Alguns enfeites de rua na vespera de Natal


Semanas antes do Natal, as cidades começam a enfeitar as ruas e lojas com ornamentos natalícios e luzes de mil e uma cores ao som de músicas próprias da época.


No país do Sol Nascente, o Natal é celebrado no dia 24 de Dezembro (25 de Dezembro é um dia normal de trabalho e de aulas) mas não como um evento religioso mas sim de diversão. Para os mais velhos é uma desculpa para se reunirem com amigos e irem até ao karaoke, ou estarem com toda a família enquanto que para os jovens, o Natal é o equivalente ao dia dos namorados sendo o local de eleição para um dia romântico, a famosa Disneyland de Tóquio, ao lado da sua cara-metade.

Na véspera de Natal, os japoneses compram o famoso Kurisumasu Keiki (um equivalente ao nosso Bolo-Rei), um bolo esponjoso decorado com natas, morangos e enfeites de natal, no entanto a cobertura do mesmo pode variar de loja para loja conforme os gostos de cada um. Sendo Kurisumasu Keiki a grande sensação do Natal a reserva do mesmo tem de ser feita com vários dias de antecedência, ou até mesmo meses! Depois do dia 25 de Dezembro, este bolo torna-se obsoleto, ou seja, já não se encontra à venda porque ninguém o compra depois dessa data. No Japão, se se for uma mulher com mais de 25 anos que ainda não esteja casada, as pessoas têm a tendência para usar a expressão ‚Niju-go nichi sugita Kurisumasu keiki, o que resumindo estão a identifica-la como um bolo de natal porque ninguém a quer depois dos 25, embora hoje em dia cada vez os casamentos sejam mais tardios.


O famoso Kurisumasu Keiki

O prato principal da véspera de Natal é nada mais, nada menos do que frango assado do KFC. A KFC japonesa, através de uma ousada técnica de marketing, levou os japoneses a acreditarem que a mesma é a marca de eleição dos americanos na noite de natal e é nesta altura que ela mais factura em relação a todo o ano.


Por outro lado, como muitos lares japoneses não possuem um forno grande o suficiente para que possam cozinhar um frango ou peru inteiro no forno, eles compram-no no KFC cujas reservas são feitas com meses de antecedência caso contrário arriscam-se a não ter nada para jantar!

Hoteiosho, o Pai Natal japonês, é um velhinho simpático que traz num grande saco, prendas para dar as crianças quando estas se encontram a dormir e, segundo a lendas, possui olhos na nuca de forma a poder ver se as crianças se estão a portar bem. Muitas são as crianças que chegam a acreditar que o Pai Natal existe até aos 10 anos de idade quando na realidade são os pais quem colocam as prendas ao lado das suas camas! Quando elas descobrem que o Pai Natal não existe, os pais deixam de lhes dar prendas.

Hoteiosho, o Pai Natal japonês


No dia seguinte, 25 de Dezembro, todos os enfeites natalícios que embelezavam a cidade desaparecem da noite para o dia como que por magia dando início a mais um dia de trabalho e de aulas até ao dia em que se irá festejar Shogatsu ou seja, a passagem de ano.

Fonte @ www.animeportugal.net

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Monte Fuji

O Monte Fuji (em japonês: 富士山, Fuji-san) é a mais alta montanha da ilha de Honshu e de todo o Japão. É a 35ª mais alta do mundo. É um vulcão activo, mas com baixo risco de erupção.
O monte Fuji é um dos símbolos mais conhecidos do Japão, sendo frequentemente retratado em obras de arte e fotografias, recebendo muitas visitas de alpinistas e turistas.

O monte Fuji localiza-se a oeste de Tóquio (de onde pode ser visto num dia de céu limpo) próximo da costa do Pacífico, da ilha de Honshu, na fronteira entre as províncias de Shizuoka e de Yamanashi. Existem três pequenas cidades que envolvem o Fuji-san, Gotemba a leste, Fuji-Yoshida a norte e Fujinomiya a sudoeste.

Pensa-se que a primeira ascensão ao alto do monte Fuji foi em 663, sendo o autor da proeza um monge desconhecido, a ascensão do primeiro estrangeiro ao alto do monte Fuji ocorreu em 1860, por Sir Rutherford Alcock. O alto tem sido considerado sagrado desde tempos antigos, tendo o seu acesso sido proibido a mulheres até à Era Meiji, mas hoje em dia é um destino turístico popular, sobretudo para escalada

O monte Fuji é um cone vulcânico frequentemente nevado. É uma figura importante da art japonesa. O trabalho mais nomeado, que retrata esta montanha são as conhecidas “36 vistas do monte Fuji”, a obra-prima do pintor Hokusai. Existem inúmeras menções ao monte Fuji na literatura japonesa, sendo abordado em muitos poemas.
O Fuji-san alberga ainda uma tradição guerreira, visto que os samurais utilizavam o sopé da montanha, um sítio próximo de onde actualmente se situa a cidade de Gotemba, como local de treino, devido ao seu isolamento.

As 36 vistas do Monte Fuji

Estima-se que anualmente cerca de 200.000 pessoas escalem a montanha, 30% das quais são estrangeiros. As subidas ao monte Fuji são mais populares no período compreendido entre 1 de Julho e 27 de Agosto, uma vez que nesta altura as cabanas e as outras infra-estruturas de apoio estão em funcionamento, bem como os autocarros que transportam os alpinistas para a quinta estação.

Para se subir ao Monte Fuji pode usar-se o carro que permite chegar a cidade de Gotemba. Pode também usar o autocarro expresso até ao destino final. Ainda assim, a melhor maneira de ver o Monte Fuji é através de comboio. Por exemplo numa viagem na linha Tokaido, entre Tóquio e Osaka, ou no shinkansen de Tóquio para Quioto, a melhor vista consegue-se nas imediações da estação de Shin-Fuji, entre 40 a 45 minutos depois da partida de Tóquio.


Na base do Monte Fuji existe uma floresta chamada Aokigahara. Contam-se lendas acerca da floresta de Aokigahara, uma delas afirma que as rochas da montanha contêm grandes depósitos de ferro que provocam erros nas bússolas, fazendo assim com que seja extremamente fácil as pessoas perderem-se. Contudo, estas lendas são falsas, pois o campo magnético gerado pelo ferro é demasiado fraco para ter um efeito significativo, além disso, as forças militares do Japão e dos Estados Unidos fazem exercícios de treino regularmente na floresta, durante os quais o GPS, as bússolas e os outros aparelhos electrónicos de orientação funcionam perfeitamente.

Uma das entradas na floresta

Lendas de monstros, fantasmas e goblins que assombram a floresta são também diversas. Em adição, o Aokigahara Jukai (O Mar das Árvores) é a zona do Japão onde ocorrem mais suicídios, diz-se que os espíritos dos suicidas vagueiam para sempre na área, a quantidade de corpos descobertos, em média trinta por ano, levaram as autoridades a colocar sinais que proibem o suicídio na floresta.

O Monte Fuji é um dos simbolos do Japão, um ponto turístico muito famoso e visitado no Japão, é retratado em diversas séries e programas de televisão, e conhecido em todo o mundo.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Palavras japonesas de origem portuguesa

Os portugueses foram os primeiros europeus a chegar ao Japão e os primeiros a estabelecer um fluxo contínuo e direto de comércio entre o Japão e a Europa.
Foi durante os séculos XVI e XVII que os jesuitas portugueses, tal como os espanhóis realizaram o grande trabalho de catequização que acabou por ser destruido com as perseguições religiosas no inicio do periodo Edo. Os portugueses foram os primeiros a traduzir o japonês para uma lingua ocidental, criando assim o dicionário Nippo Jisho (日葡辞書, Nippojisho) ou "Vocabvlário da Lingoa de Iapam". Foi compilado por jesuitas prtugueses e publicado em Nagasaki em 1603. Este dicionário explicava 32.000 palavras em japones traduzidas para português.

Foi inevitável que algumas palavras de lingua japonesa tenham originado do português. A maior parte das palavras referem-se a produtos e costumes que chegaram pela primeira vez ao Japão através dos comerciantes portugueses.
O numero de palavras, hoje em dia, ronda as 400 palavras. No auge da influência portuguesa, terão existido cerca de 4000 palavras.

No entanto há algumas ecepções discutivéis.
A palavra arigatô, ao contrário do que se diz, não tem origem da expressão portuguesa obrigado. Na verdade, arigatô pode ser uma flexão do verbo arigatai que significa "ter dificuldades". Em conjunto com gozaimasu, constitui a fórmula de agradecimento em japonês Domo arigatô gozaimasu (どうも有り難うございます) que é muitas vezes abreviado para um simples arigatô.

A palavra tempura é outro exemplo. É certamente de origem portuguesa, mas não da palavra tempero como se conta popularmente.
No século XVI, os católicos abstinham-se de comer carne nos dias de "têmporas", os três dias de jejum semanal, em cada uma das quatro estações do ano. Os portugueses no Japão, como bons católicos, comiam nestes dias apenas legumes e peixes, que frequentemente eram empanados e fritos, para espanto do japoneses que os consumiam crus ou cozidos. Os japoneses cristianizados pelos Jesuítas também passaram a consumir alimentos fritos durante as têmporas e, assim, a palavra "Têmpora" passou a ser associada no Japão aos empanados de legumes.

Lista de algumas palavras japonesas com origem portuguesa:
  • Arukoru (アルコール) - Álcool
  • Bateren (破天連) - Padre
  • Bidama (ビー玉) - Berlinde
  • Biidoro (ビードロ) - Vidro
  • Birodo (ビロード) - Veludo
  • Bouro (ボーロ) - Bolo
  • Botan (ボタン) - Botão
  • Buranko (ブランコ) - Balanço
  • Furasuko (フラスコ) - Frasco
  • Igirisu (イギリス) - Inglês
  • Iruman (イルマン) - Irmão
  • Jouro (じょうろ) - Jarro
  • Kapitan (甲比丹) - Capitão
  • Kappa (合羽) - Capa
  • Karuta ( かるた) - Carta
  • Kirisuto (キリスト) - Cristo
  • Koppu (コップ) - Copo
  • Kurusu (クルス) - Cruz
  • Marumero (マルメロ) - Marmelo
  • Pan (パン) - Pão
  • Sabato (サバト) - Sábado
  • Shabon (シャボン) - Sabão
  • Shoro (ショーロ) - Choro
  • Shurasuko (シュラスコ) - Churrasco
  • Tabako (煙草) - Tabaco

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Sake


Sake (酒) ou nihonshu (お酒) é uma bebida alcoólica japonesa, basicamente feita de grãos de arroz fermentação e água. É tomado gralmente quente e em grandes comemorações como o Ano Novo ou cerimónias de casamento xintoístas.


É a bebida alcoólica japonesa desde os tempos antigos. A primeira produção de sake de que há notícia data do século III. Ocorreu em Nara, antiga capital japonesa. Diversas regiões do país passaram a produzir esta bebida, mas a região que a levou a ideia de fabricar o melhor sake foi o distrito de Fushimi, em Kyoto. Existem hoje, cerca de 1.600 fabricantes de sake em todo o Japão.

Classificado na mesma categoria do vinho, o sake é um fermentado natural, com teor alcoólico em torno de 16%, cujos únicos ingredientes são arroz e água.
Do arroz sai a a matéria prima para a fabricação do sake, o koji, que resulta da remoção do amido e do excesso de óleo e proteínas contidas no arroz.
Em sequência, o koji é misturado com água e arroz vaporizado para que se forme o shubo, uma pasta de grãos. O shubo é colocado num tanque e fermentado por trinta dias, com adição do koji e novamente de arroz vaporizado.

Então forma-se o maromi, uma mistura de bolo de sake, sólido, e do sake líquido. Feita a separação por filtragem e submetido o líquido a uma ultrafiltragem, para garantir o sabor fresco da bebida, o sake está pronto para ser consumido. Poderá ser mantido em garrafas até dois anos, sem perder seu sabor natural.


A melhor temperatura para o sake ser consumido é de 35º C, porque nesta temperatura percebe-se melhor as delicadas características da bebida. Mas pode ser bebido em temperaturas superiores ou inferiores, de acordo com a estação do ano.
Quando aquecido, a uma temperatura até 45º C, o sake é conhecido por kan. Torna-se encorpado e adquire um sabor acentuado de melão. Quando arrefecido, o sake é conhecido por higa e assume um sabor frutado. Ao ser servido é acrescentado sal nas bordas do copo.
É geralmente servido em copos de porcelana antiga ou em pequenos copos de madeira, conhecidos por masu.


Como Masu

Existe um ritual especial à mesa para tomar o sake. Levante o seu copinho para receber a bebida, servida sempre pelo seu vizinho de mesa, apoiando-o com a mão esquerda e segurando-o com a direita. É imprescindível que sirva o seu vizinho de mesa porque não é de bom tom servir a si próprio. O copo de sake deve sempre ficar cheio até o final da refeição. A tradição manda fazer um brinde, Campai, esvaziando o copinho num só gole. É sinal de hospitalidade e atenção.